Namoro e sexualidade

1 - Na concepção cristã, namoro é uma fase remota de preparação para o matrimônio, isto é, para a vida conjugal e de constituição da família.

2 - É uma fase lírica, poética e de beleza, que objetiva conhecer o outro (ou outra), para uma possível convivência amorosa e afetiva, como realidade antropológica do ser humano, e que Deus quis, pela Igreja, santificar ainda mais por um sacramento.

3 - Os jovens devem ser instruídos sobre a dignidade, a função e o exercício do amor conjugal, para uma vivência sólida dos valores cristãos da família, pois a função humana de gerar excede maravilhosamente o que se encontra nos graus inferiores de vida.

4 - Namorar, porém, não é olhar um para o outro, admirando-se mutuamente, ou então na aceitação ou rejeição de meros caracteres físicos. É, antes, o olhar de ambos para o futuro, sonhando a construção de uma vida, plasmada por duas vidas.

5 - O namoro, verdadeiro, não deve ser de brinquedo, para passar tempo, mas com grau de responsabilidade já desde o início. Nunca deve objetivar a posse de alguém.

6 - Deve-se, pois, levar a sério o namoro, dentro dos princípios de honestidade e respeito, o que possibilita conhecer, de ambos os lados, se realmente há desejo de comunhão de vida, ou se o namoro se reduz a mera simpatia um pelo outro, a qual, depois, se desfaz com o primeiro toque nas surpresas da vida.

7 - Na moral cristã, não se admitem experiências sexuais no namoro ou no noivado, como prova de amor, ou como direito ao exercício sexual. Aqui a prova seria muito mais de desamor e de descaso pelo outro, reduzindo-o a mero objeto de experiência carnal.

8 - Sexualidade é o dinamismo do ser humano em portar-se como tal, homem ou mulher, na dimensão antropológica do ser. Sexualidade não se identifica, pois, com genitalidade. A afirmação do próprio ser constitui também afirmação da sexualidade. Trabalhar a sexualidade humana significa moldá-la nos princípios verdadeiramente humanos.

9 - A masculinização da mulher, e a consequente efeminação do homem, constitui desvio da sexualidade, e não uma via terceira de opção. O homem é viril enquanto homem, e a mulher, feminina, enquanto mulher. Uma terceira via, tão legitimada hoje, é simplesmente inaceitável, sob todos os aspectos.

10 - A igualdade do homem e da mulher, diante de Deus, a mesma dignidade humana, felizmente hoje reconhecida, não iguala o homem e a mulher na questão funcional. São e serão, sempre, pessoas diferentes, com missões diferentes, visto que possuem dons diferentes. A mulher é, por exemplo, mais sensível, mais receptiva. Por isso mais religiosa também. Já o homem é menos observador, menos intuitivo e dado a conquistas de natureza externa. Diante dos problemas da vida, ele é, pois, mais superficial também. A virilidade do homem não contrasta, porém, com a fragilidade da mulher, mas a sublima, tornando-se dela também protetor.

João de Araújo

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João de Araújo - Namoro e sexualidade