Os anjos são uma realidade indiscutível, claramente demonstrada pelas revelações bíblicas e confiável também por revelações a videntes, que a Igreja, ao longo dos séculos, sempre aceitou. Sua natureza é espiritual, incorpórea portanto.
São seres, pois, espirituais, e o nome anjos, pelo qual são conhecidos, é-lhes impróprio, designando apenas uma missão, uma função. Isto quer dizer que, somente quando enviados, é que o nome anjos lhes é próprio.
Com base em inúmeros estudos, de valor notoriamente comprovados, pode-se estabelecer uma hierarquia angélica, esta mais bem definida por Dionísio, em seu tratado "De Coelesti hierarchia", traduzido no século IX.
Tal hierarquia, assim cuidadosamente estudada, foi aceita pelo magistério da Igreja. Segundo tal entendimento, os anjos se agrupam em nove coros, com três hierarquias de três coros cada, numa escala ascendente, assim definida:
1ª hierarquia:
1º coro = Anjos
2º coro = Arcanjos
3º coro = Principados
A função básica da primeira hierarquia é a proteção dos homens e das comunidades.
2ª hierarquia:
1º coro = Potestades
2º coro = Virtudes
3º coro = Dominações
A função básica da segunda hierarquia é o governo do mundo e a iluminação dos coros inferiores
3ª hierarquia:
1º coro = Tronos
2º coro = Querubins
3º coro = Serafins
A função básica da terceira hierarquia é a visão de Deus e sua glorificação, bem como a iluminação dos coros inferiores.
João de Araújo