Por pouco, Senhor, eu pude observá-lo.
Cabelos brancos, semblante sereno, olhar de bondade, figura do Céu!
Falava de paz, da paz que viveu, da paz que trazia na alma tão pura.
Cantigas saudosas também relembrava, na doce certeza de quem as viveu.
E na fé exortava, Senhor, os jovens de hoje, sorrindo e brincando com a vida tão jovem.
E eu ficava a pensar naquele Ancião que “trabalha” no Céu, na Liturgia de Deus (cf. Ap 7,13).
Instantes da vida, instantes eternos, que dão sempre à vida sabor do Infinito!
Oxalá também fôssemos, Senhor, reveladores de ti, como o velhinho-criança nas veredas do amor!
João de Araújo