JESUS TOMA A CRUZ A CAMINHO DO CALVÁRIO
CANTO
Por mim foste libertado, / Faraó não te venceu!
Este lenho então pesado / O meu gesto mereceu! (bis)
REFLEXÃO
Instrumento de humilhação, de vergonha, sinal de vida limitada, eis o que sempre representava uma cruz. Quem a carregava era um inútil, um maldito (cf. Dt 21,23; Gl 3,13). Tinha os minutos de vida contados. Geralmente, não vivia para servir. Não servia, pois, para viver. Assim também os homens pensavam de Cristo: ele não estava servindo a ninguém... (Entendamos: da cúpula ou da corte, religiosa ou política).
De fato, ele não alimentava esperanças vãs na vida do povo. Ao contrário, dava forte atenção aos pobres, aos doentes, aos humildes. Pregava, com objetividade, a caridade fraterna e a justiça evangélica. Colocou na “cuca” dos escribas e dos doutores de lei que eles eram fracos no amor, despojados de sinceridade e ignorantes em matéria bíblica. Transgrediu ainda preceitos judaicos, curando aos sábados. E, não exigindo que seus amigos lavassem as mãos antes das refeições, ofendeu friamente os costumes de seu povo. Vindo para servir, vindo para ser amigo de todos, Cristo se revela também à samaritana, demonstrando assim falta de “ética” judaica.
Como Rei e senhor de tudo, ele mostra a Pilatos a verdadeira dimensão do reino temporal. E o resultado aí aparece: a cruz, a flagelação. Tornamo-nos cruz para Deus, e ele, pela cruz, nos liberta. Mas a cruz se torna também opção em nossa vida: assumindo-a como Cristo, em Cristo, humanizamos o mundo. Injetamos amor na vida. E injetamos vida no amor. Recusando-a, nossa vida se torna facilmente cruz dolorosa... principalmente para o próximo.
(Silêncio meditativo)
PRECE
Senhor Jesus, vós transformastes a cruz ignominiosa dos homens em sinal libertador de Deus. Fazei que não sejamos pesados para nossos irmãos. Que vivamos para servir. E que, a vosso exemplo, transfiguremos a nossa vida por uma vivência de amor verdadeiro. E que assim seja sinal libertador para todos. Amém.