Função ministerial do leitor

 

1 - É muito importante o ministério do leitor na missa, pois é através dele que a Palavra de Deus chega, inicialmente, à assembleia. O leitor se torna então um arauto da Palavra. Todos - sacerdote, ministros e fiéis - estão assentados para ouvi-lo. Por isso deve ele ter uma formação adequada, mostrando-se familiarizado com a Sagrada Escritura e com o Lecionário e, melhor ainda, com rica bagagem de espiritualidade bíblica e litúrgica. Nesse sentido, seu ministério se torna um testemunho de fé e de zelo cristão. Dirigindo-se ao ambão, onde já deve encontrar-se o Lecionário, o leitor vai então proclamar a leitura bíblica. Proclamar, como diz agora a Instrução Geral, em sentido litúrgico e celebrativo, não simplesmente ler.

2 - Para o bom exercício de seu ministério, deve o leitor estar consciente de suas funções litúrgicas, descritas na Instrução Geral (ns. 59.99.101.194-198) e, em segundo lugar, cumprir algumas exigências, sem as quais pode ver prejudicada a sua participação. Tais exigências, mínimas, e de caráter técnico, seriam por exemplo:

a) - Ter o cuidado especial em pronunciar bem cada sílaba, cada palavra, regulando o volume da voz, de modo que se ouça bem o que é dito, especialmente em fins de frase;

b) - Regular ainda o ritmo da leitura, reduzindo ou acelerando a emissão de voz, segundo o caso, mas sobretudo intercalando pausas nas vírgulas e nos pontos;

c) – Também é recomendável o cuidado com a modulação da voz, ou seja, mudando de tom, quando as variações do texto assim o exigir. Isto acontece porque o texto deve ser lido de acordo com o seu gênero literário;

d) - Finalmente, a postura corporal, sempre ereta, com a cabeça levantada, olhando com frequência a assembleia, para que a leitura se torne verdadeira comunicação, agradável e frutuosa.

3 - Na procissão de entrada, com ausência do diácono, o leitor pode levar o Evangeliário, um pouco elevado, caminhando à frente do sacerdote. Chegando ao altar, coloca o livro sobre ele, sem fazer inclinação. Se não levar o Evangeliário, então, como os demais ministros, faz a devida inclinação ao altar ou a genuflexão ao Santíssimo, se for o caso, e toma lugar no presbitério, quando este possui o espaço ideal para o assento de todos os ministros.

4 - Na falta do salmista, pode também o leitor cantar ou recitar o salmo, o que pode acontecer sobretudo nas missas feriais. Mas não se deve usar o expediente aqui referido, mesmo permitido pelo Missal, para legitimar situações práticas, em que o leitor faça tudo, o que seria mais desvio litúrgico do que medida pastoral sensata. Para as missas dominicais, principalmente, deve-se fazer todo esforço para que haja leitores e salmista, com suas funções próprias. A IGMR faculta ainda ao leitor proferir do ambão as intenções da oração universal, como ainda proferir as antífonas da Entrada e da Comunhão quando não houver canto nesses momentos. Também o sacerdote pode proferir as antífonas aqui referidas.

João de Araújo

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